A JBS conseguiu a aprovação dos acionistas para listar as ações na bolsa de Nova York, um sonho que persegue há uma década.
Em uma assembleia que durou 10 minutos para proclamar o resultado, a JBS obteve a aprovação da maioria dos minoritários para fazer a dupla listagem. Os percentuais de votação não foram divulgados.
Em entrevista a jornalistas, o CFO da JBS, Guilherme Cavalcanti, evitou abrir os números da votação, mas disse que o resultado foi com uma “folga relevante”.
A decisão ficou a critério exclusivo dos minoritários porque os dois maiores acionistas (J&F e BNDESPar) estavam impedidos de votar.
Após a aprovação, as ações da JBS devem começar a negociar na NYSE em 12 de junho, abrindo o caminho para o rerating da companhia.
Maior companhia global de proteína animal, com faturamento de mais de R$ 400 bilhões, a JBS negociava com descontos relevantes sobre os pares listados nos EUA.
A rival americana Tyson Foods é o maior exemplo disso. Se a JBS fosse negociada nós mesmos múltiplos (EV/Ebitda), poderia praticamente triplicar de valor.
Próximas etapas
A JBS divulgou, em fato relevante, um cronograma dos próximos passos até o início das negociações na NYSE. As ações da JBS devem deixar de serem negociadas na B3 em 6 de junho, quando deverá ser concluído o processo de dupla listagem.
Os BDRs começarão a ser negociados em 9 de junho. No dia 11, os detentores de BDRs poderão se desfazer deles e receber, em troca, ações classe A da JBS que serão negociadas em Nova York. No dia 12 de junho, os papéis devem começar a ser negociados na NYSE.
Depois de chegarem a subir cerca de 3%, as ações da JBS operavam em queda de 1,6% por volta das 11h45.