Colheita de milho no Brasil. Conab eleva previsão para safrinha
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Quase no apagar das luzes do ano, a Riza adicionou mais R$ 100 milhões à estratégia da gestora no agro, passando de R$ 3,7 bilhões em fundos dedicados a investimentos no campo.

Na semana passada, a Riza assumiu o LSAG11, Fiagro listado que era administrado pela Leste — a gestora de Emmanuel Hermanm.

A transação, aprovada em assembleia extraordinária pela maioria dos cotistas, sinaliza um movimento de consolidação no mercado de Fiagro.

Sem conseguir escalar e ainda negociando as cotas abaixo do valor patrimonial — o que dificulta nova captações —, a Leste repassou a gestão a um player já experimentado no agronegócio.

Liderada por Paulo Mesquita, gestor que fez carreira em bancos como Itaú BBA, a área de agro da Riza foi a única que conseguiu emplacar uma oferta significativa de Fiagro neste ano — a firma captou pouco mais de R$ 400 milhões em um fundo de terras inspirado no Terrax.

Sob o comando da Riza, o LSAG11 — que agora passou se chamar Riza Agro II — vai passar gradualmente por mudanças na composição da carteira.

Historicamente, o Fiagro da Leste sempre teve uma carteira composta por revendas agrícolas regionais. No último relatório gerencial divulgado, o fundo mostrava que a carteira estava 45,6% concentrada em revendas, um setor considerado mais arriscado.

Apesar disso, a carteira está limpa de problemas, e já há um montante substancial disponível em caixa que poderá ser alocado seguindo o perfil da Riza. Dos R$ 100 milhões de patrimônio do fundo, mais de R$ 40 milhões estavam no caixa, conforme o último relatório gerencial.

Uma parcela menor, de 14,4%, estava alocada em diferentes créditos corporativos de baixo risco (títulos de companhias como MBRF, Minerva, São Martinho, Vibra, Irani, entre outros).

Agora, a ideia é que o Fiagro assumido da Leste fique mais parecido com o RZAG11. Com uma carteira de R$ 650 milhões distribuída entre produtores rurais, o primeiro Fiagro da Riza possui alienação fiduciária de terras em garantia, o que reduz o risco de execução em casos de inadimplência.

Nos últimos doze meses, o RZAG11 deu um retorno de 15,9% em dividendos. O Fiagro da Leste pagou o equivalente a 12,98%.