Balanço

Syngenta tem melhora no resultado global, mas reduz vendas no Brasil

Companhia apresenta crescimento de 18% no Ebitda, beneficiado por fim do 'destocking' nos EUA; no Brasil, competição acirrada derruba vendas em 5% no 1º trimestre

Na Syngenta, o longo processo de diminuição de estoques junto a distribuidores e varejistas — chamado de “destocking”, no jargão em inglês — parece estar chegando ao fim. E isso tem ajudado a refletir em resultados positivos para a líder global em defensivos.

A empresa divulgou, na semana passada, um crescimento de 18% no Ebitda, que atingiu US$ 1,4 bilhão no primeiro trimestre, com a margem Ebitda avançando 3,2 pontos percentuais na comparação anual, para 19,9%.

Segundo a companhia, “o fluxo de caixa continuou em trajetória de melhora” na comparação com o mesmo período em 2024. A receita teve uma leve queda de 1%, para US$ 7,3 bilhões, com o Brasil e a América Latina puxando os números para baixo.

No Brasil, o ambiente mais competitivo resultou numa redução de 5% nas vendas de defensivos. Na divisão de sementes, a retração foi de 13%.

A Syngenta creditou o aumento no Ebitda consolidado à continuidade da diminuição de estoques, especialmente nos Estados Unidos, onde o comportamento de compra dos produtores retornou aos padrões vistos antes da pandemia, segundo a empresa.

Puxado pelo desempenho na América do Norte, onde as vendas aumentaram 20%, o negócio de defensivos agrícolas registrou um crescimento de 5% na receita na comparação anual, para US$ 3,4 bilhões.

Na América Latina, a continuidade do processo de redução de estoques contribuiu para uma redução de 9% nas vendas em relação ao primeiro trimestre de 2024. A empresa também apontou pressões de preços e taxas de câmbio desfavoráveis como responsáveis pelo resultado.

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