Antitruste

O desconforto da Minerva com a fusão BRF-Marfrig chegou ao Cade

Movimento atrasa união de empresas, mas dificilmente deve mudar decisão anterior

A saia-justa da Minerva com a fusão entre BRF e Marfrig chegou ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Nesta quinta-feira, a companhia dos Vilela de Queiroz entrou como terceira interessada no processo que analisa fusão, num movimento que poderia adiar a união entre as companhias. 

No dia 3 de junho, o órgão antitruste aprovou a fusão entre as empresas, sem restrições. A partir daí, se nenhum conselheiro do Cade se opusesse ao parecer pelos próximos 15 dias, a criação da sétima maior companhia brasileira estaria aprovada. 

Agora, o processo até pode se arrastar por mais tempo, mas dificilmente impedirá a fusão. Aliás, o movimento poderia até ser esperado pelos controladores da Marfrig, dado o nível de rivalidade entre as empresas. 

Para um conhecido advogado concorrencial, o Cade já analisou anteriormente o argumento da concentração em processados — e não viu problema.

Além do aval do órgão antitruste, a fusão ainda precisa passar pela aprovação dos acionistas, em assembleias convocadas para 18 de junho. Pelo formato como a operação foi construída, a Marfrig pode votar na assembleia de acionistas da dona da Sadia, o que já garante a aprovação. 

Os dois sócios minoritários mais relevantes da BRF (a saudita Salic e o fundo de pensão Previ) já se manifestaram favoravelmente.

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