Colheita
Colheita

Alimentos

De ponta a ponta, a jornada pela redução das perdas e desperdício de alimentos

Com ações efetivas, e de forma integrada, a BRF promove iniciativas para reduzir as perdas e desperdícios na cadeia de valor

A cada dez quilos de alimentos produzidos no planeta, três são perdidos ou simplesmente desperdiçados. Num mundo que vai precisar aumentar a produção agrícola em 50% até 2050 para abastecer a crescente população, o índice de perdas é inegavelmente um grande vilão no combate à fome global.

No Brasil, um dos maiores produtores de alimentos do mundo, o quadro também é preocupante. Desde 2015, o país está na lista das dez nações que mais perdem alimentos. Por aqui, 35% da produção de alimentos não é aproveitada. Todos os anos.

Os alimentos que viram resíduos no Brasil — perdidos ou desperdiçados — chegam à      impressionante marca de 26 milhões de toneladas, um volume que seria capaz de alimentar 40 milhões de pessoas, superando em mais de cinco vezes a população que passa fome no país.

Esses dados sobre as perdas e desperdícios de alimentos foram compilados em uma ampla pesquisa conduzida pela Fundação José Luiz Egydio Setubal, realizada com o apoio do Instituto BRF. A pesquisa resultou em um documento, de mais de 40 páginas, que coloca luz sobre como e onde os alimentos são perdidos e desperdiçados.

A cada dez quilos de alimentos produzidos no planeta, três são perdidos ou simplesmente desperdiçados | Crédito: Getty Images

O desperdício no varejo, nos restaurantes e nas residências é grande, mas o maior gargalo está nas etapas de produção, especialmente na distribuição e armazenagem. Cerca de 60% dos alimentos se perdem no Brasil antes mesmo de chegarem ao varejo.

Com os números em mãos, a BRF vem conduzindo uma intensa agenda de ações para reduzir as perdas em seu processo de produção, numa tarefa que também inclui a conscientização dos diversos elos da cadeia agroalimentar.

“Como protagonistas no segmento de alimentos, entendemos a importância da implementação de ações sustentáveis do campo até a mesa das pessoas. Quanto mais eficientes formos em nossos processos, menos desperdício teremos. Essa gestão é essencial para evoluirmos nessa agenda”, diz Alessandro Bonorino, vice-presidente de Gente, Sustentabilidade e Digital da BRF. O executivo também lidera o Instituto BRF.

As ações integradas da BRF

Neste dia 16 de outubro, data em que se comemora o Dia Mundial da Alimentação, a BRF apresenta as medidas que vem adotando para atacar o problema das perdas de alimentos, contribuindo para a solução do problema.

As ações da BRF começam na etapa de suprimento e manuseio de grãos, onde os cuidados com a limpeza e secagem nas fábricas de ração  evitam pragas.

Nas granjas de integrados, a companhia oferece treinamento constante aos produtores, o que ajuda a melhorar a produtividade com maior rendimento de carne por animal e redução da mortalidade de aves e suínos.

Com seu Programa de Excelência Operacional, a companhia vem ampliando sua eficiência nas unidades fabris, analisando as operações hoje realizadas e implementando melhorias que proporcionam redução de perdas. No segundo trimestre desse ano, a BRF reduziu em 36,8% as perdas operacionais em relação ao mesmo período de 2022.

Com sua divisão de Ingredients, a empresa agrega valor às matérias-primas da cadeia produtiva e alavanca a economia circular por meio da inovação, gerando ingredientes de alta performance aos mercados de Food Ingredients, Animal Nutrition e Human Health.  

No processo de logística e distribuição, elo crucial para reduzir as perdas de alimentos no Brasil, a BRF faz o monitoramento, com análises em tempo real de temperatura, da frota de 5 mil caminhões. Com os dados que recebe, a companhia consegue acompanhar a abertura e fechamento das portas dos caminhões. Com isso, pode verificar se as melhores práticas são aplicadas, evitando a perda de alimentos por falta de refrigeração.

Na parte comercial, a companhia vem investindo na maior presença de promotores nas lojas, resultando em uma melhor execução comercial refletida na expansão do sortimento, espaço em gôndola e na maior aderência aos preços sugeridos, e por consequência o aumento no giro dos produtos nos pontos de venda, evitando o desperdício neste importante elo da cadeia.

 O trabalho nas comunidades onde a empresa está presente também é uma importante frente de atuação nessa jornada. O Instituto BRF, aceleradora de projetos sociais da BRF, em parceria com startups, negócios de impacto e organizações da sociedade civil, já alcançou mais de 558 mil pessoas com projetos, ações e conteúdos voltados a educação para a redução do desperdício de alimentos.

“É muito importante ressaltar a importância da conexão entre a BRF e seus stakeholders em cada elo da cadeia quando olhamos para a redução de perdas e desperdício, uma vez que o impacto das ações é sempre maior quando trabalhamos em conjunto”, resume Bonorino.