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Agmatix transforma projetos de agricultura regenerativa com RegenIQ

Startup traz para o Brasil uma plataforma capaz de recomendar as melhores práticas de acordo com a cultura, região e perfil do produtor

Plataforma da Agmatix

Que o mundo precisa de uma agricultura mais sustentável já virou consenso. Enquanto insumos e manejo se voltam às práticas regenerativas, entre as indústrias e agricultores cresce o desafio de encontrar as melhores ferramentas para medir os resultados e escolher os melhores caminhos para aumentar a resiliência da produção agrícola.

Em cadeias de suprimento globalizadas, em que multinacionais do setor de alimentos buscam assertividade em seus programas de agricultura regenerativa em diferentes culturas pelo mundo, as dificuldades aumentam.

Para atender a essa demanda, Agmatix está trazendo ao Brasil uma plataforma de análise de dados robusta e flexível, que já é utilizada por grandes empresas como a Nestlé, em um projeto com fornecedores de cacau no Equador, e Starbucks, com produtores de café na Costa Rica.

Batizada de RegenIQ, a plataforma integra desde a coleta de dados, por meio de um aplicativo no celular ou tablet, até a análise de performance e recomendações sobre quais práticas regenerativas podem proporcionar mudanças mais significativas.

“Conseguimos pegar informações de talhões de fazendas localizadas em qualquer lugar do mundo e apresentar relatórios com considerações relevantes para o processo de tomada de decisão dos projetos de agricultura regenerativa”, afirma Pedro Magalhães, executivo de contas da Agmatix no Brasil.

O diferencial da plataforma está no detalhe. “A RegenIQ é capaz de mostrar quais são as dificuldades para escalar o nível de adoção da agricultura regenerativa por produtor, cultura, região e por práticas”, explica Magalhães.

Por meio da coleta de dados e análises, a RegenIQ permite que as empresas consigam acompanhar o seu progresso em relação às suas metas de sustentabilidade, sendo possível avaliar (e até reduzir, ao longo do tempo) as emissões de escopo 3. O objetivo é capacitar as empresas a mitigarem riscos na cadeia de suprimentos por meio da adoção de práticas regenerativas que aumentam a resiliência da produção agrícola.

Recomendação personalizada

Um estudo recente assinado por pesquisadores renomados mundialmente, como o professor Carlos Eduardo Cerri, da Esalq-USP, avaliou três culturas (vinhedos, milho e soja) em três climas diferentes (semiárido, continental e tropical) e constatou que a relevância das práticas regenerativas mudava de acordo com o sistema de cultivo.

Publicado em novembro na revista científica Nature’s Sustainable Agriculture, os autores concluem que, assim como as recomendações de nutrientes variam de acordo com o tipo de solo e de clima, as abordagens da agricultura regenerativa devem ser adaptadas às características de cada sistema produtivo.

Não por acaso, não é incomum encontrar indústrias ou agricultores frustrados em relação ao resultado das práticas regenerativas, o que pode levar a uma redução na taxa de adoção.

Muitas empresas de alimentos, por exemplo, esperam que seus fornecedores sigam uma lista abrangente dessas práticas, às vezes sem considerar as condições locais de cultivo e sem priorização das ações recomendadas. É aí que a ferramenta da Agmatix pode ajudar.

No RegenIQ, é possível adaptar as recomendações graças a um modelo que utiliza seis agrupamentos de solos e climas. Para se ter uma ideia do quão diversa uma cultura pode ser, as 150 diferentes localidades caracterizadas pelo plantio do café no Brasil são classificadas em seis diferentes clusters na plataforma RegenIQ. Demandam, portanto, diferentes práticas regenerativas.

Para ajustar com precisão a importância de cada prática agrícola por cultura e características de solo e clima, o RegenIQ utiliza um processo validado cientificamente conhecido como AHP (processo de hierarquia analítica, na sigla em inglês).

Baseado em questionários padronizados enviados a especialistas, o método busca extrair o máximo de conhecimento técnico. Quanto mais insights de diferentes especialistas forem incorporados, maior a robustez dos resultados.

Com as informações padronizadas, a plataforma da Agmatix consegue comparar a importância relativa das práticas entre diferentes sistemas de cultivo e ao longo da cadeia produtiva.

“Essa abordagem assegura que nossas recomendações de práticas de agricultura regenerativa sejam não apenas apropriadas, mas também eficazes, adaptadas às condições únicas de cada tipo de cultura, clima e solo”, reforça Magalhães.

Ron Baruchi, CEO da Agmatix, comenta: “Em um setor onde as margens de lucro são apertadas, é compreensível que os produtores sejam cautelosos ao investir em técnicas agrícolas que não garantem retornos significativos. A RegenIQ aborda essa preocupação ao focar no uso eficiente de recursos e na viabilidade financeira, ajudando a reduzir os riscos nas decisões de investimento.”

Segundo Baruchi, a plataforma “fornece dados essenciais para empresas de alimentos e bebidas, agrônomos e produtores avaliarem a viabilidade e o impacto potencial das práticas regenerativas em suas operações. Desde pequenas propriedades até grandes operações comerciais, a RegenIQ ajuda a tornar os campos mais produtivos, ao mesmo tempo em que minimiza os impactos ambientais e garante uma cadeia de suprimentos mais resiliente.”