
No primeiro Natal de BRF e Marfrig combinadas, os ganhos de eficiência — uma marca do CEO Miguel Gularte — devem fazer a diferença. Em evento com jornalistas nesta terça-feira, a liderança da MBRF destacou as melhorias operacionais como trunfo para a data comemorativa, que exige uma engrenagem perfeita para que a empresa possa extrair todo o potencial do mês mais importante para o seu negócio.
“Desde que eu assumi como presidente do conselho, temos feito um trabalho incansável de melhoria de atendimento e presença nos clientes. Com isso, ganhamos market share nos produtos natalinos”, disse Marcos Molina. “Perdíamos share porque não conseguíamos fazer a logística.”
Em 2022, a cada 100 pedidos que a BRF recebia, conseguia entregar apenas 68. No ano passado, esse número subiu para 78. “Hoje, estamos na casa dos 93 e 94, um crescimento que se deve principalmente à diminuição da ruptura”, afirmou Manoel Martins, vice-presidente de Mercado Brasil e Marketing da MBRF. Para 2026, a meta é ter entre 95 e 96 pedidos atendidos a cada 100, num processo de melhoria contínua.
Segundo dados mencionados pelos executivos, a MBRF tem participação de 75% no mercado de peru e 60% no de chester.
Os ganhos não se restringem ao desempenho da empresa ponta final. A melhora no nível de serviço começa no início da cadeia, destacou Martins. Assim, a maior ocupação das fábricas, que reflete no aumento de produção, também tem sido importante para os resultados.
“A agropecuária precisa estar muito alinhada com a indústria, que precisa estar muito alinhada com as vendas, que precisa estar alinhada com a logística. Eu acho que o grande ponto que nós conseguimos, e esse é um mérito do Miguel, foi a integração total entre todas as áreas. Precisamos de consistência desses três pilares fundamentais para crescer em vendas”, disse.
Natal das proteínas
Mais do que nunca, este deve ser o Natal das proteínas, brincou Molina, que recebeu um grupo de jornalistas na sede da empresa para um almoço natalino.
Além de ampliar o portfólio para as festas de final de ano, com opções de carne bovina sob as marcas Sadia e Perdigão, o empresário destacou a influência das canetas emagrecedoras no consumo de proteína animal. Segundo ele, o varejo de alimentos tem relatado queda nas vendas de carboidratos, enquanto a demanda por carnes se mantém firme. “Vemos um consumo de proteína maior para manter a massa magra”, disse Molina.