Funding

Na Agrogalaxy, recursos da venda de carteira devem entrar em julho

Leilão para venda dos recebíveis será realizado na última semana de junho

Agrogalaxy

Finalmente, os recursos da venda de créditos inadimplidos da Agrogalaxy devem chegar ao caixa. Segundo Luiz Conrado Sundfeld, CFO da rede de revendas, a expectativa é que a Agrogalaxy receba os recursos em julho.

O horizonte é o mais otimista, considerado um cenário em que nenhum outro interessado em comprar a carteira de recebíveis se manifeste até a data do leilão, que será realizado no fim de junho.

Trata-se de um passo seguinte à homologação do processo de recuperação judicial. Recapitulando: no processo, a Agrogalaxy chegou a um acordo com algumas das maiores gestoras que tinham CRAs da rede de revendas. Em busca de melhores condições de recebimento, as casas concordaram em comprar uma carteira de créditos inadimplidos que somava R$ 700 milhões.

Com a homologação do plano de recuperação judicial, essa venda da carteira tem de ser submetida a um leilão. Nesse processo, os fundos têm a prioridade de negociação (ou, no jargão, chamado de stalking horse).

Esse grupo já coloca a proposta deles de antemão no leilão e, a partir daí, outros interessados têm dez dias para colocar outras propostas. Não havendo outros interessados, a venda é finalizada.

Na companhia, a percepção é que o processo deve ser rápido. “As debêntures que vão absorver esses créditos já estão sendo estruturadas. Como o leilão vai ser na última semana de junho, se não houver outros interessados, em julho esse dinheiro entra no caixa”, explicou Sundfeld, a jornalistas.

Além dessa venda de recebíveis, a companhia também concluiu recentemente uma negociação para créditos judicializados, cuja monetização deve ocorrer em curtíssimo prazo. “Toda liquidez vai ocorrer senão dentro desse trimestre, no próximo, mas ainda assim um horizonte bastante curto”, completou o CFO.

Em um prazo um pouco mais alongado, a rede de revendas também vai voltar a operar o FIDC exclusivo, estruturado pela TerraMagna.

Sundfeld não abriu cifras, mas mencionou que a companhia tem construído uma carteira de pedidos ao longo do segundo trimestre e a intenção é voltar a alimentar o fundo a partir desses recebíveis.

Para voltar a operar, o fundo ainda depende da assembleia de cotistas. “Devemos voltar a operar ao longo desse mês”, cravou o executivo.

Ainda no trabalho de liquidez, a rede de revendas também tem trabalhado junto a fornecedores para construir novas linhas de crédito. “Temos algumas evoluções concretas, mas ainda são poucas, dado que faz pouco tempo que o plano foi homologado”, afirmou Sundfeld.