
Depois de um longo inverno, vem aí a primeira oferta pública de um Fiagro listado. Ainda num ambiente de cautela e investidores ressabiados, a Suno lançou nesta semana um follow-on para seu fundo de terras (SNFZ11). A ideia da casa fundada por Tiago Reis é captar R$ 61,6 milhões.
Em operação desde maio de 2024, o SNFZ11 é um dos raros Fiagros listados a ser negociado em linha com a cota patrimonial — um fator essencial para uma nova oferta.
Atualmente, além do SNFZ11, apenas outros dois fundos, com menos liquidez, estão nesse patamar, o NEXG11 e o LAFI11.
A captação da Suno vem quase um mês depois do anúncio da compra de duas fazendas no Mato Grosso por um preço de R$ 50 milhões, a ser pago em dez anos. Sem o follow-on, o fundo tem dinheiro suficiente para pagar os primeiros seis anos.
Dependendo do tamanho da captação, o dinheiro novo vai ajudar a compor esse colchão para o pagamento das parcelas futuras.
Na situação em que o fundo está hoje — e com o dinheiro novo ficando no caixa — o veículo consegue pagar dividendos a partir dos rendimentos desse dinheiro.
Caso o cenário final seja mais otimista do que o previsto, o fundo ganha folga, inclusive, para voltar a olhar novas aquisições.
Atualmente, o SNFZ11 tem um patrimônio líquido de R$ 61 milhões, com uma alocação distribuída em imóveis e em CRAs ligados à Jequitibá.
A captação tem um prazo de seis meses e conta com pelo menos um investidor âncora, apurou The AgriBiz.
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Na bolsa, as cotas do SFNZ11 valem R$ 9,60. De janeiro até aqui, o fundo acumula uma desvalorização de 5,8%.