A chuva vem retornando ao Brasil de forma gradual. Neste mês de outubro, o maior acumulado sobre o Centro-Oeste foi observado no centro goiano, com pouco mais de 200 milímetros em alguns municípios. Já em Mato Grosso, fazendas da região da BR-163, Lucas do Rio Verde, Sinop e Sorriso receberam pouco mais de 150mm, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). Nesses dois núcleos, observa-se a melhor umidade do solo para o plantio de soja.
Já no Matopiba, o acumulado de chuva está abaixo dos 100mm. Também vem chovendo pouco sobre São Paulo, onde a maior parte dos municípios recebeu pouco mais de 50mm. A situação ainda é criticamente seca em boa parte do Estado e, por consequência, em boa parte das áreas de cana de açúcar.
Nas áreas de café do sul de Minas Gerais, a chuva forte do último fim de semana trouxe alívio aos produtores. Entre o reservatório de Furnas e as escarpas da Serra da Mantiqueira, mais ao sul, o acumulado passou dos 100mm.
No Sul do País, a chuva vem acontecendo de forma regular na maior parte dos municípios. Apenas o norte do Paraná ainda está com baixa umidade do solo.
Neste fim de semana, um poderoso ciclone extratropical gera ventos fortes sobre a região Sul e partes do Sudeste e Centro-Oeste. A quantidade de chuva que ele trará, no entanto, será baixa nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul.
A chuva forte ficará mais ao norte e alcançará áreas de café robusta do Espírito Santo e Zona da Mata de Minas Gerais e soja do Cerrado de Minas Gerais e de Goiás até o dia 31 de outubro.
Neste período, também há previsão de chuva capaz de repor a umidade do solo em Mato Grosso e em Rondônia, porém não da mesma forma que em Goiás e em Minas Gerais. No Matopiba, a chuva reaparecerá somente na primeira quinzena de novembro.
***
Celso Oliveira, colunista de The AgriBiz, é especialista em clima e tempo da Safira Energia. Atua há mais de 20 anos em previsões climáticas para a agricultura.