A região Sul vive uma sequência de dias com chuva forte e queda da temperatura. A precipitação será intensa até a próxima terça-feira e o acumulado deve passar dos 100 milímetros em seis dias em municípios do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. No sul e sudoeste do Paraná, estima-se algo entre 30mm e 50mm.
A umidade do solo aumentará em boa parte da região, mas a chuva irá paralisar as atividades de campo até pelo menos meados da semana que vem.
Entre uma precipitação e outra, faz frio de até 3°C com geadas na Campanha Gaúcha no sábado. Já na metade norte do Rio Grande do Sul, o risco de geadas e perdas no trigo e no milho são bem menores.
No norte do País, a chamada convecção da Amazônia, que são pancadas de chuva com trovoadas, está mais ativa que nos anos anteriores. Isso é uma boa notícia não só para a região, mas como também para o Sudeste e Centro-Oeste, pois aumenta a chance do período úmido começar dentro da normalidade.
Por enquanto, nos próximos 15 dias (até 18 de setembro), a chuva ainda será fraca e irregular na região central do País. Apenas algumas poucas áreas do sul de Mato Grosso do Sul e do noroeste de Mato Grosso receberão um acumulado razoável, entre 25mm e 30mm.
No norte, espera-se pelo menos 40mm em 15 dias no Amazonas, Roraima e Acre. Esse volume não chega a resolver a forte estiagem no último estado, mas pelo menos não deixa a situação piorar ainda mais.
Segunda quinzena
Após 18 de setembro, simulações indicam que as chuvas vão se intensificar e espalhar, começando pelos estados de Rondônia e Mato Grosso. Até o final do mês, alcançarão boa parte de Goiás, Minas Gerais e Espírito Santo até o fim do mês. Isso poderá ser o impulso necessário para que o plantio comece de forma mais antecipada que no ano passado nestes Estados.
No Matopiba, a chuva será mais intensa e frequente a partir da segunda quinzena de outubro, no máximo no início de novembro.
Há uma chance de desenvolvimento de um fenômeno La Niña fraco e com curta duração no oceano Pacífico equatorial no decorrer desta primavera, algo que ajudará a organizar chuvas mais intensas sobre o Centro e Norte do Brasil. No Sul, ao contrário, a chance de estiagens aumentará em novembro e dezembro.
