A Syngenta continuou enfrentando um cenário adverso para a venda de insumos no primeiro semestre deste ano. A receita global com defensivos caiu 21% em relação ao mesmo período de 2023, para US$ 6,2 bilhões. Na América Latina, região liderada pelo Brasil, a retração foi de 17% devido ao atraso nas compras das revendas e distribuidores.
“Houve uma mudança no comportamento das compras para decisões tomadas no último minuto”, informou a empresa no release de resultados divulgado na quinta-feira.
Além do Brasil — onde a demora nas compras ainda reflete os esforços para acabar com estoques e o atraso na comercialização da safra pelos agricultores —, nos Estados Unidos o clima adverso levou a atrasos na decisão de plantio, afetando as vendas entre abril e junho.
“O segundo trimestre se mostrou particularmente difícil, com a continuidade do movimento de redução de estoques ligado ao ambiente de altas taxas de juros e condições adversas de clima afetando vários mercados”, acrescentou a empresa. As enchentes no Rio Grande do Sul e fortes chuvas no oeste europeu também impactaram as vendas.
Para as regiões, a Syngenta divulgou apenas o desempenho semestral (os dados por trimestre não foram detalhados). O grande destaque, mais uma vez, foi a forte queda de 37% nas vendas nos Estados Unidos. Na América Latina, Europa e na região que compreende Ásia, Oriente Médio e África, o número foi o mesmo: queda de 17%. Na China, as vendas aumentaram 9%.
No primeiro semestre, a receita com defensivos da gigante controlada pela ChemChina somou US$ 14,5 bilhões, uma queda de 17%.
Sementes
As vendas de sementes cresceram 6% no segundo trimestre e ajudaram a evitar um tombo maior na receita total do grupo, que atingiu US$ 7,2 bilhões, um recuo de 14% em relação ao segundo trimestre de 2023.
No semestre, a receita com sementes caiu 4%, mas as perspectivas são positivas para a segunda metade do ano. “Com o começo da safra na América Latina, estamos vendo um forte início no Brasil, com um crescimento de 38% nas vendas”, informou a Syngenta.