
A retomada da distribuição de dividendos pela Minerva Foods, rompendo um ciclo de dois anos sem proventos, é só o começo. Depois de entrar em uma “rota clara de desalavancagem”, a companhia dos Vilela de Queiros deve voltar a remunerar os acionistas em 2026. Essa é a visão de Ricardo Alves, Lucas Mussi e Henrique Morello, analistas do Morgan Stanley.
Em um relatório enviado nesta quinta-feira a clientes, o trio de analistas reiterou a recomendação de compra para as ações da Minerva, com preço-alvo de R$ 10 — o que embute um potencial de valorização de mais de 60% em doze meses.
Ontem à noite, a Minerva anunciou a distribuição de R$ 162 milhões em dividendos intercalares, o máximo possível considerando as reservas da capital reportadas no balanço da companhia em 30 de setembro.
Quando os resultados do quarto trimestre foram divulgados — o que ocorre tipicamente entre fevereiro e março —, a Minerva poderá distribuir ainda mais proventos.
Nas estimativas dos analistas do Morgan Stanley, a Minerva deve distribuir dividendos equivalentes a 10% do valor de mercado em 2026. “Continuamos confortáveis com essa premissa de dividend yield”, escreveram os analistas, confiantes na remuneração aos acionistas.
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Na B3, as ações da Minerva registraram leve alta nesta quinta-feira, o primeiro pregão após o anúncio dos dividendos. A companhia está avaliada em R$ 6 bilhões. No acumulado do ano, os papéis sobem cerca de 40%.