O México quer mais carne bovina do Brasil. Autoridades mexicanas estão preparando auditorias em 14 frigoríficos brasileiros para autorizá-los a exportar carne para o país latino-americano. Com isso, subirá para 49 o número de unidades habilitadas.
Entre as plantas que devem ser habilitadas há duas unidades da JBS, três da Minerva e uma da Marfrig.
O acordo para a análise de novas plantas é uma das conquistas da missão do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Carlos Fávaro à Cidade do México nesta semana.
Em um vídeo compartilhado pelo Ministério da Agricultura, Fávaro afirmou também esperar a habilitação de novos frigoríficos de aves e suínos para o México, e que as autoridades mexicanas acordaram em adotar o princípio de regionalização em caso de ocorrência de gripe aviária.
Em contrapartida, o Brasil abriu o seu mercado para o atum mexicano e, em breve, permitirá também as importações de pêssego e aspargos.
Até julho deste ano, o Brasil exportou 67,7 mil toneladas de carne bovina para o México, um avanço de 195% em relação ao mesmo período do ano passado.
Só em agosto, já foram embarcadas 10,2 mil toneladas, colocando o país como segundo principal destino da carne brasileira. O México passou a ocupar o lugar dos Estados Unidos, que pararam de importar carne do Brasil após a taxa de 50% aplicada a partir do dia 1º deste mês.
“O México é um mercado em franca expansão, com grande aceitação, e que pode ser ampliado ainda mais diante das dificuldades geopolíticas”, afirmou o presidente da Abiec, Roberto Perosa.
