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Depois de Klabin, Suzano quer R$ 2 bi com CPRs

Montante vai financiar atividades de formação e exploração de florestas, aponta a companhia

Projeto Cerrado, da Suzano | Crédito: Divulgação

Depois de a Klabin anunciar uma emissão de R$ 1,5 bilhão em CPRs financeiras, nesta noite, foi a vez da Suzano buscar o seu quinhão: a companhia da família Feffer busca R$ 2 bilhões com os títulos isentos.

O aumento da busca das gigantes de papel e celulose por esse tipo de título — menos comum do que uma emissão de CRAs, por exemplo — está relacionado a uma restrição de lastro por parte do CMN. Desde o ano passado, apenas companhias com mais de dois terços do faturamento no agronegócio podem emitir certificados de recebíveis do agronegócio.

De acordo com os documentos da operação recém-protocolada, o montante será usado para atividades de formação e exploração de florestas, bem como conservação de floresta nativa.

Para compor o montante serão ao todo três séries, destinadas ao público investidor em geral. A primeira série terá até R$ 500 milhões e a segunda e a terceira terão, no mínimo, R$ 750 milhões cada.

A primeira série terá vencimento de oito anos e vai remunerar investidores ao teto de 96,50% do DI.

A segunda série terá vencimento de dez anos e vai remunerar os investidores ao equivalente de maior taxa entre Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais vencendo em 15 de maio de 2025 menos 0,45% ao ano, ou 5,76% ao ano.

Já sobre a terceira série, que terá um prazo de doze anos, vão incidir no teto juros equivalentes à maior taxa entre Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais vencendo em 15 de maio de 2035 menos 0,43% ou 5,79% ao ano.

O bookbuilding será feito no dia 12 de setembro.

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O Itaú BBA é o coordenador líder da operação, com um sindicato que conta ainda com XP, Banco Safra e J. Safra Assessoria Financeira.

Os coordenadores foram assessorados pelo Mattos Filho e, a Suzano, pelo Machado Meyer.

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