A fusão entre BRF e Marfrig está próxima de obter a aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), confirmando a avaliação das companhias de que a união representa baixo risco de concentração — mesmo porque a Marfrig já é a controladora da dona da Sadia.
Ontem à noite, a superintendência geral do órgão antitruste recomendou à aprovação da fusão, sem restrições. Se nenhum conselheiro do Cade se opuser ao parecer nas próximas duas semanas, a criação da sétima maior companhia brasileira estará aprovada.
Além do sinal do verde definitivo do Cade, a fusão entre Marfrig e BRF ainda precisa passar pela aprovação dos acionistas, em assembleias convocadas para 18 de junho. A expectativa é que a transação seja aprovada sem dificuldades.
Pela formato como a operação foi construída, a Marfrig pode votar na assembleia de acionistas da dona da Sadia, o que já garante a aprovação. Além disso, os dois sócios minoritários mais relevantes da BRF (a saudita Salic e e o fundo de pensão Previ) já se manifestaram favoravelmente.
Com todas as aprovações, a fusão deve ser sacramentada em 28 de junho, criando formalmente a BMRF.