Dança das cadeiras

Às vésperas do tarifaço de Trump, Citrosuco troca CEO

Mario Bertoncini, executivo de carreira no Grupo Votorantim, deixa cargo de VP na Auren para assumir empresa de suco de laranja

Na semana em que está previsto para entrar em vigor o tarifaço de Donald Trump, uma das maiores produtoras de suco de laranja do mundo trocou de CEO. A Citrosuco passará a ser comandada por Mario Bertoncini a partir do dia 18 de agosto, sucedendo Marcelo Abud — que ocupou a cadeira pelos últimos três anos.

Bertoncini é um conhecido de longa data do grupo Votorantim, que criou a empresa por meio de uma fusão com o Grupo Fischer, em 2012. Atualmente, a Citrosuco fatura cerca de US$ 1,5 bilhão.

O executivo trabalhou como tesoureiro da holding de 2011 a 2013 e, depois disso, atuou por cinco anos como vice-presidente de finanças da Nexa Resources, empresa de mineração formada a partir da Votorantim Metais e a peruana Milpo.

Depois disso, o executivo seguiu no setor de energia, sem perder a proximidade com o grupo. Foi presidente da CESP — empresa comprada pelo Votorantim e pelo fundo de pensão canadense CPPIB em 2018 — e, nos anos seguintes, seguiu como VP da empresa, que passou a se chamar Auren Energia em 2022.

“A experiência e visão de longo prazo do executivo serão fundamentais para dar continuidade ao plano estratégico da Citrosuco, com foco em inovação, sustentabilidade, excelência operacional e desenvolvimento de mercados, mantendo sempre um forte compromisso com as pessoas”, afirma a companhia, em comunicado.

Bertoncini assume a cadeira com um baita desafio à frente. A CitrusBR (Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos) que reúne as principais empresas exportadoras, calcula que os impactos do tarifaço podem gerar um dano de até R$ 1,1 bilhão por ano.

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