Em meio às discussões sobre o aumento da demanda por biodiesel, a Biopower, da JBS, vai investir R$ 140 milhões para modernizar suas três usinas, localizadas em Lins (SP), Campo Verde (MT) e Mafra (SC). Hoje, a empresa tem a quinta maior capacidade produtiva do Brasil, com mais de 900 milhões de litros.
Até o final deste ano, as três usinas devem chegar a uma produção recorde, de cerca de 650 milhões de litros — no ano passado, foram 550 milhões. Com os novos investimentos, o foco é escalar ainda mais por meio de novas tecnologias.
No maior aporte desde a construção da usina de Mafra, na qual foram investidos R$ 180 milhões, a Biopower está focada agora no ganho de produtividade a partir da esterificação enzimática, um processo que substitui catalisadores químicos por enzimas.
No fim do dia, essa troca se traduz em um processo mais limpo e mais abrangente, permitindo maior flexibilidade no uso de matérias-primas. A Biopower é a maior produtora brasileira de biodiesel a partir de resíduos orgânicos do processamento de bovinos e óleo de cozinha usado.
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Além da maior flexibilidade, os investimentos também vão permitir a conversão de subprodutos (hoje comercializados separadamente) também em biodiesel.
Essa substituição já começou a ser implementada em 2025 e deve ser concluída até o fim do ano que vem, segundo comunicado divulgado pela empresa.
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No início deste ano, a Biopower ampliou em um terço a produção da usina de Mafra (SC). Uma nova autorização emitida em março permitiu que a planta passasse a fabricar até 493 mil metros cúbicos de biodiesel por ano. Com a ampliação, a usina passou de 12ª para 6ª no ranking nacional.
Em abril, a Biopower inaugurou o primeiro posto de abastecimento de B100 do Brasil, em Lins (SP), sendo a primeira a ter uma autorização desse tipo pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). O posto tem a capacidade de oferecer 30 mil litros de combustível, sendo totalmente dedicado a abastecer a frota de caminhões da JBS.
