
A JBS acaba de trazer um sócio para sua plataforma global de couros, num movimento para reforçar a capacidade de competir globalmente em um negócio desafiado por preços baixos — reflexo da concorrência com os sintéticos.
A companhia da família Batista anunciou nesta terça-feira a fusão de seus ativos de couro com a brasileira Viva, companhia que foi formada há menos de dois anos pela união entre Viposa e Vancouros.
Pelos termos do acordo que vai criar a JBS VIVA, a JBS terá 50% da nova companhia, enquanto os sócios da Viva ficarão com a metade restante. Os termos financeiros da transação não foram divulgados.
Na nova companhia, batizada de JBS VIVA, a JBS vai indicar o presidente do conselho de administração e o diretor financeiro. Do seu lado, a Viva vai nomear o CEO e o principal executivo de operações.
A JBS VIVA nascerá com 31 fábricas e 11 mil funcionários espalhados por unidades no Brasil, Itália, Uruguai, Argentina, México e Vietnã. A capacidade de processamento de peças de couro passa de 20 milhões por ano. Estima-se que a companhia fature mais de US$ 1 bilhão por ano.
“A união com a VIVA abre novas oportunidades para todos os mais de 7 mil colaboradores da JBS Couros, que agora passam a fazer parte de um negócio ainda mais robusto e preparado para competir globalmente”, disse Gilberto Tomazoni, CEO global da JBS, em comunicado.
A confirmação da fusão ainda depende da aprovação das autoridades regulatórias, incluindo o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
Nas costuras para a fusão com o negócio de couros da JBS, os acionistas da Viva deixaram alguns ativos de fora. Entre eles, está a Gelprime, companhia de colágeno que possui a MBRF como sócia.