Fundos

FG/A abre a primeira recompra de cotas da indústria de Fiagro

Com as recompras, a gestora de Ribeirão Preto quer reduzir a diferença entre o valor patrimonial e o valor de mercado

Juliano Merlotto, sócio da FG/A, fala em debate em evento para assessores de investimentos

Quase sete meses após abrir uma consulta na CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a gestora FG/A finalmente conseguiu colocar de pé o programa de recompra de cotas do FGAA11.

Com isso, o fundo da gestora de Ribeirão Preto se tornou o primeiro Fiagro a abrir um programa de recompra.

A casa fundada por Luis Gustavo Correa e Juliano Merlotto pretende reduzir o diferencial entre o valor patrimonial do FGAA11, da ordem de R$ 423 milhões, e o valor de mercado, que está em R$390,4 milhões.

Mesmo sem ter sofrido qualquer episódio de inadimplência, o Fiagro da FG/A sofreu com a aversão a risco dos investidores. Aos poucos, no entanto, as cotas vem se recuperando — as cotas sobem 11,4% no ano. Agora, a esperança é que a recompra ajude a acelerar esse processo de retomada.

A abertura do programa de recompra do FGAA11 foi comunicada na quinta-feira à noite, em um fato relevante enviado à CVM. Oficialmente, o programa terá início em 26 de setembro e ficará válido por um ano.

A gestora poderá recomprar até 10% das cotas (o equivalente a 4,5 milhões de papéis), conforme as regras determinadas pela CVM. Os papéis recomprados deverão ser obrigatoriamente cancelados. O fundo só poderá recomprar as cotas abaixo do valor patrimonial do dia anterior à operação.

No mercado, a expectativa é que a FG/A inicie as recompras de forma comedida, até para testar a recepção do mercado a um instrumento novo, um movimento que certamente será acompanhado por outros players.

Na indústria de Fiagro, Ecoagro e Itaú Asset também estão no processos para iniciar a recompra de cotas de seus Fiagros  — EGAF11 e RURA11, respectivamente.