O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou nesta sexta-feira, em uma rara sessão extraordinária, a fusão entre Marfrig e BRF sem restrições e por unanimidade. Com isso, a empresa de Marcos Molina tem o sinal verde para consolidar as operações da BRF, criando a MBRF.
A sessão começou com o conselheiro Carlos Jacques, que votou favoravelmente, acompanhando a maioria que já havia sido formada em outra sessão do Cade realizada em julho. Os demais membros confirmaram o voto dado na sessão anterior.
O presidente do órgão antitruste, Gustavo Augusto de Freitas, que havia solicitado mais informações à Salic sobre a sua participação na BRF e na Minerva, fez um ajuste em seu voto devido à troca que os sauditas fizeram das ações da BRF por opções de compra.
“Hoje, ela [a Salic] passou a não ter mais os direitos políticos sobre a BRF. Quando ela exercer a opção, será outra operação”, justificou, ao negar o recurso apresentado pela Minerva.
A empresa dos Vilela de Queiroz havia pedido ao Cade para investigar a operação por entender que a presença simultânea da Salic no capital das empresas representaria um risco de práticas anticompetitivas no mercado de carne bovina in natura.
