Etanol de milho

FS retoma expansão com investimento de R$ 2 bi em nova usina no Mato Grosso

Com alavancagem controlada e novo mandato para mistura do etanol à gasolina, FS anuncia construção de nova planta em Campo Novo do Parecis

Planta de etanol da FS em Lucas do Rio Verde

Depois de uma pausa nos investimentos para arrumar as finanças, a FS está retomando o seu plano de expansão. A companhia anunciou nesta quinta-feira a construção de sua quarta usina de etanol de milho em Mato Grosso, com um investimento da ordem de R$ 2 bilhões.

Localizada no município de Campo Novo do Parecis, a unidade terá capacidade para produzir por ano 540 milhões de litros de etanol e 350 mil toneladas de DDG, o coproduto da produção do biocombustível usado na nutrição animal. As obras devem ser concluídas em 2026.

Pioneira na produção de etanol de milho no País, a FS opera três usinas em Mato Grosso (Lucas do Rio Verde, Sorriso e Primavera do Leste) e tem outras três no pipeline — além de Campo Novo do Parecis, a empresa já tem os terrenos para erguer outras duas unidades em Nova Mutum e Querência.

O aumento da mistura do etanol à gasolina para 30% deu respaldo à decisão da companhia de retomar os investimentos, assim como o cronograma de evolução do blend para 35% conforme previsto na lei do combustível do futuro.

O anúncio do investimento também ocorre num momento mais favorável para a companhia, que passou o último ano com o balanço pressionado por uma queda nas margens e aumento no nível de alavancagem devido à alta nos preços do milho.

Mas o preço da matéria-prima caiu e o valor do etanol se recuperou, possibilitando uma melhora significativa nos números da companhia.

Ao final do ano-fiscal encerrado em 31 de março, a FS apresentou uma relação dívida líquida e Ebitda em 2,5 vezes, bem abaixo das 6,3 vezes registradas no mesmo período do ano anterior. Na mesma comparação, o Ebitda quase triplicou, para R$ 2,7 bilhões, e a margem atingiu 25%. A receita líquida da companhia somou quase R$ 11 bilhões, com uma expansão de 32%.

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A matéria foi atualizada para corrigir o volume de DDG que será produzido na nova planta.

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