
As chuvas se intensificaram no final de maio e seguem frequentes em boa parte do Centro-Sul do Brasil, afetando diretamente o ritmo das colheitas de importantes culturas agrícolas.
Regiões como o Sudeste e o Centro-Oeste, que normalmente enfrentam um período mais seco nesta época do ano, estão registrando mais precipitações que o comum, inclusive em capitais como Belo Horizonte (MG).
O cenário deve permanecer durante o mês de junho, com chuvas abrangendo as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Os maiores acumulados serão registrados em Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, atrapalhando o plantio e tratos culturais do trigo. Mas produtores de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso também enfrentarão impactos significativos.
No caso da cana-de-açúcar, além de diminuição no ritmo da colheita, há risco de redução no ATR (açúcar total recuperável) em áreas produtoras paulistas.
O café, principalmente no sul de Minas, sofre com o risco de fermentação dos grãos e dificuldades na secagem ao ar livre. Já no Mato Grosso, as chuvas podem afetar o andamento da colheita do milho, enquanto a qualidade da pluma do algodão pode ser comprometida pela umidade persistente.
A próxima semana também promete queda de temperatura nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Acre e Rondônia. No entanto, ao contrário da última onda de frio, não há previsão de geadas em áreas agrícolas sensíveis.
Safra americana
Nos Estados Unidos, a elevada umidade do solo na região sul não tem impedido o avanço do plantio de milho e soja, que ocorre em ritmo próximo ou até superior à média dos últimos cinco anos. As chuvas devem continuar nos próximos dias entre Oklahoma e Texas, mas tendem a diminuir na segunda metade de junho, favorecendo o desenvolvimento do algodão texano.